O Marketing Esportivo praticado em sua essência, otimizando os ativos de marketing de entidades esportivas
domingo, 29 de novembro de 2009
Virou moda...
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
O poder das marcas... e das palavras
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Bola dentro!
Eu, que estou tão acostumado a criticar o circo do Futebol brasileiro (e não é no mesmo sentido que o 'Circo da Fórmula 1), também tenho que me render às iniciativas positivas. O São Paulo FC multou os jogadores Washington e Hugo por terem tirado a camisa nas comemorações dos gols decisivos contra Corinthians e Náutico, respectivamente. Para isso, utilizou-se de um argumento técnico, o fato dos jogadores terem tomado atitudes passíveis de cartão amarelo, o que realmente ocorreu. Mas, de acordo com o Diretor de Futebol do clube, João Paulo de Jesus Lopes, a multa deve-se também a um fator de Marketing. Ao ficarem 'seminus', os atletas esconderam as marcas dos patrocinadores no grande momento do Futebol. É preciso que o jogador tenha consciência que é ator de um show grandioso, que envolve acordos igualmente grandiosos em patrocínio e mídia. Um show onde não cabe mau humor, 'agora-não-vou-falar' ou comemorações escandalosas. Ignorar isto, seria não entender porque cai na conta destes jogadores, todos os meses - em alguns clubes, os meses têm 90 dias - dezenas de milhares de reais. Se bem que o gol do Hugo até merecia, mas já imaginaram o tanto que o Washington ia reclamar se fosse multado sozinho? Ia reclamar até ser expulso! Antes que alguém diga que é um absurdo punir os salvadores da pátria, a iniciativa tem tudo para ser exemplar, já que a atitude não custa nada ao jogador e vale muito para aqueles que o apóiam. Negar o lado comercial do Futebol (concorde ou não com ele) é tentar resgatar um tempo que não volta mais. Mais que isto, é não reconhecer que este processo, quando feito com ética e profissionalismo, favorece a todos, inclusive a quem mais importa: o torcedor. Parabéns à diretoria tricolor que, assim como no jogo de ontem, mesmo sem contar com a ajuda de dois jogadores (descamisados), venceu esta batalha. Mas ainda não esqueci do Morumbi...
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Licenciamento - Quando menos é mais
Acabei de ler uma matéria da revista Licensing Brasil sobre o programa de licenciamento do Grêmio Portoalegrense. O clube se vangloria de possuir nada menos que 1.300 licenciados (itens). Citando 5 de seus principais licenciados, você provavelmente nunca ouviu falar em nenhum. Como eu, nos bons tempos de Roxos & Doentes, trabalhava próximo aos licenciados do Internacional, confesso que conheço a maioria. Não precisaria deste blog para dizer que quantidade não é qualidade. Dentro do licenciamento esportivo, basta olhar rapidamente números da Major League Baseball, nos EUA. A entidade, que lidera o licenciamento esportivo no mundo, possui apenas 180 empresas licenciadas e fatura (vendas) US$ 3,3 bilhões por ano com licenciamento. Isso mesmo! Todos os 30 times juntos possuem apenas 180 licenciados e faturam, na média, cerca de US$ 100 milhões cada! Bom, não vou perguntar ao Grêmio quanto fatura (que é o que importa), mas são certamente alguns milhões de reais. Em 1998, quando faturava "apenas" US$ 2,1 bi, a MLB resolveu diminuir drasticamente o número de licenciados (300 ou algo assim). E deu certo! Obviamente não podemos comparar friamente as realidades, mas como diriam os Titãs: "Um idiota em Inglês, se é idiota é bem menos que nós. Um idiota em Inglês é bem melhor do que eu e vocês". Ou seja, não é fazendo o inverso do que os americanos fazem que vamos chegar lá. Ah, o Grêmio também anunciou o licenciamento com a Tramontina, prometendo distribuição nacional. Legal! Detalhe é que - qualquer um sabe - a maioria absurda de torcedores do Tricolor Gaúcho está no... Quem disse Rio Grande do Sul, acertou! Conclusão: distribuição nacional só se for na República do Pampa, sonho dos movimentos separatistas. Antes que os gaúchos ataquem a mim ou à honra da minha mãe... "Ah, eu sou gaúcho!" Quer dizer, eu não, mas minha mãe é...
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
O Morumbi é aqui
Nos últimos meses, estamos acompanhando a humilhante saga do estádio do Morumbi em direção à Copa do Mundo. Ainda que chegue lá, o que provavelmente acontecerá, os prejuízos já são irreparáveis à moral deste gigante cinquentão (beirando os 49, na verdade). Como diz - com razão - o presidente Juvenal Juvêncio, o Morumbi é hoje um dos melhores estádios do país. Isso quer dizer, rigorosamente, nada. Basta ir a um jogo no estádio para entender racional e emocionalmente os porquês da preocupação da FIFA. Não reconhecer estas deficiências tem sido o maior erro (como se precisasse de outros). Mais do que as condições físicas atuais, não se consegue colocar no papel - que aceita tudo - um projeto decentemente moderno para o estádio. É assustador! O Morumbi perdeu a capacidade de sonhar. Fazendo um paralelo econômico, enquanto comemoramos um crescimento trimestral do PIB de 1,9%, a Índia deve crescer 5% e a China "apenas" 9% em 2009. Estamos acostumados com pouco. Definitivamente, o Morumbi é aqui. Entrando na onda de uma promoção cultural rumo à Copa da qual participei estes dias, já criei um grito de guerra para 2014: "A-E-I, coitado do Morumbi!".
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
O Timão e a Superexposição
Na Língua Portuguesa, o prefixo 'super' indica superioridade. Ainda assim, em Marketing, mais especificamente em Comunicação, não se pode dizer que é atributo positivo para uma marca. Difícil colocar limites já que, como tudo na vida, o ápice da exposição se confunde com o início da superexposição. Isto acontece com o Corinthians. A exposição natural de sua marca poderosa, somada ao mito Ronaldo e embalada pelos títulos, trouxe uma exposição tão grande de seus atletas que foi impossível segurá-los no Brasil. Seria ótimo se o negócio do Timão fosse vender jogadores no atacado e varejo. Mas não é. O que dá dinheiro para grandes clubes de Futebol é ganhar títulos e coroar seus heróis. No caso do Corinthians, é muita falta de ambição - que não vem do torcedor - se contentar com o Paulistão e a Copa do Brasil, títulos que o clube está cansado de ganhar. Exposição tem que ser na medida certa, gerando expectativas que possam ser atendidas. Na verdade, mal acredito na versão de que o Ronaldo trouxe mais exposição de mídia ao Corinthians, mesmo porque, este é um problema do qual o clube nunca padeceu.
A superexposição, sob um outro ponto de vista, pode causar problemas ainda piores fora de campo. Vejam o caso da Batavo: quando entrou, imaginou-se soberana sobre o manto alvinegro. O sucesso foi tanto, que muitos patrocinadores resolveram ir no embalo e tornar os atletas outdoors ambulantes, de arrepiar o prefeito Kassab. É verdade que estes patrocínios encheram os cofres do clube, não a ponto de segurar o elenco campeão, mas o resultado pode ser desastroso. A Batavo inclusive já levantou a hipótese de rescisão e certamente já considera uma pedra enorme no processo de renovação para o centenário.
Analisando tecnicamente, uma das possíveis e melhores formas de avaliar um patrocínio é através da lembrança de marca, mas haja memória para a fiel reconhecer, espontaneamente, seus patrocinadores. Outra forma de avaliação, mais sistemática, é o valor do retorno de mídia. Segundo a metodologia da Informídia - empresa especializada e contratada para isso pelo Corinthians - quando várias marcas aparecem ao mesmo tempo, o valor da exposição de cada uma delas deve ser dividido pelo número de marcas expostas. Para explicar melhor, o retorno da Batavo estaria sempre dividido por 2, 3 ou 4. Para piorar, o custo benefício que o Banco Panamericano recebeu é muito melhor que o do patrocinador principal, um erro grosseiro para empresas de varejo (o que se tornou o Corinthians nessa empreitada). Juntando os assuntos, a Batavo ainda está sendo prejudicada pelo desmanche do time para o segundo semestre e talvez não esteja feliz em desembolsar R$ 2 milhões por mês para o clube que "já cumpriu seus objetivos". Para a Batavo, faltou espelhar-se no contrato da LG com o arqui-rival corintiano, que reza exatamente a cartilha da exclusividade. No fim das contas, quem perde com isso?
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Morumbi: Vergonha Anunciada
Link para o vídeo do projeto Morumbi 2014
domingo, 3 de maio de 2009
Ronaldo é guerreiro!
quinta-feira, 30 de abril de 2009
A verdade sobre Interlagos
Como prometi, vou dedicar tempo e espaço ao mundial de Fórmula 1 do ano passado, particularmente o GP de Interlagos. Sairei momentaneamente da esfera do Marketing, circulando pelo lado negro do Esporte enquanto negócio. Recapitulando o que a maioria já sabe. O piloto Felipe Massa tinha remotas chances de ser campeão da temporada. Como única opção, vencer a corrida em Interlagos - o que fez de ponta a ponta - e contar com que o rival Lewis Hamilton não chegasse entre os 5 primeiros, onde permaneceu por quase toda a prova. A sorte virou quanto Lewis foi ultrapassado por Sebastian Vettel a 2 voltas do final. Massa foi o virtual campeão por alguns momentos, naquele que seria o maior dia da história de Interlagos (e olha que eu estava lá na 1a. vitória de Senna). Tudo era perfeito, mágico, até que na última volta, Timo Glock fizesse um tempo de Stock Car Light em Interlagos (um surreal 1’44”731), permitindo a ultrapassagem e o título de Hamilton. A história já é improvável, mas a versão mais absurda vem, curiosamente, do chefe da McLaren, Martin Whitmarsh, em depoimento à conceituadíssima Fox Sports. Segundo ele, Hamilton, por ordem dos boxes, deixou que Vettel o ultrapassasse, uma vez que Glock já estaria muito mais lento que o inglês naquela volta e seria fatalmente ultrapassado pela 'flecha de prata'. O fato é que, moralmente embriagado, Whitmarsh errou bizonhamente nas contas e destroçou a versão oficial da equipe. Quando Vettel ultrapassou Hamilton, a transmissão oficial marcava 2/71 (duas para o final, de um total de 71 voltas). Logo estávamos na volta 70, certo? Errado. Felipe Massa havia cruzado a linha e iniciado a volta 70. Hamilton e Vettel ainda estavam no último trecho da volta 69. Glock fechou esta volta em 1'18''688 enquanto Hamilton marcava 1'24"612, segundo a cronometragem oficial da FIA. Consegue adivinhar quem foi o piloto mais rápido na pista na volta 69? Se apostou em Glock, está incrivelmente certo! Ou seja, Timo estava 6"(seis segundos!) mais rápido que Lewis, mas a McLaren já sabia que seria campeã (eles que disseram!). O chefão da equipe cometeu um erro grosseiro, se referindo (provavelmente) à volta 70, quando Hamilton foi realmente bem mais rápido que Glock. Outra mentira histórica é que a chuva engrossou nas últimas 2 voltas, deixando Glock (de pneus lisos) tão mais lento. Tenho a convicção do contrário, por que eu estava lá, em frente à Curva da Junção, onde ocorreu a ultrapassagem. Estava chovendo sim, mas uma garoa fina, nada diferente das voltas anteriores. Para não confiar apenas na minha memória (apesar que nunca esquecerei aquelas cenas), acessei o vídeo que mostra o momento exato da ultrapassagem, exibindo um "trilho" de pista seca, por onde Glock passeava.
Só cheguei a estas conclusões acessando fóruns internacionais, repletos de fãs inconformados, de diversas nacionalidades. Como minha idéia é informar mais do que comentar, fiz questão de incluir dois links (no texto) e o vídeo que mostram o que realmente aconteceu.
Publico este artigo, humildemente, em homenagem ao magnífico Ayrton Senna, cuja morte completa 15 saudosos anos neste 1o. de maio.
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Não deu certo...
sábado, 18 de abril de 2009
Sou brahmeiro... mas não sou atleta!
quarta-feira, 1 de abril de 2009
Futebol e Sustentabilidade
Há cerca de um ano, tenho discutido a relação entre Esporte e Sustentabilidade com especialistas nas duas áreas. Esta discussão tem se estendido para outros envolvidos na Indústria do Futebol, como clubes, federações e patrocinadores. Acreditamos que o desenvolvimento empresarial sustentável é um caminho sem volta, uma megatendência da qual nem mesmo o Futebol ficará imune. De um lado, está uma demanda urgente pela mudança de mentalidade na gestão de novos clubes e, de outro, o grande poder de mobilização que possui o Futebol em nossa sociedade. Certamente, este será um assunto cada vez mais presente neste e, espero eu, muitos outros blogs. Algumas iniciativas - muito bem feitas, diga-se de passagem - já podem ser identificadas em organizações esportivas em todo o mundo. O gigante FC Barcelona utiliza a Responsabilidade Social como posicionamento de mercado. Outros trabalham no desenvolvimento de arenas ecológicas, eventos carbon free e suporters' trusts (iniciativa que reconhece o direito do torcedor na gestão dos clube). Conversando e aprendendo sobre o tema, cada vez mais situações cotidianas do Futebol chamam atenção, como a necessidade de instalação de torneiras auto-reguladoras nos sanitários do estádio do Morumbi, mais econômicas para o clube e para o meio ambiente. Mas no último dia 28, um fato maior me chamou atenção. Enquanto 3 mil cidades em 80 países - incluindo o Brasil - apagavam as luzes num movimento emocionante pelo planeta, o Futebol brasileiro, realizava, em pleno sábado, partidas noturnas, neutralizando o esforço de milhares de residências. Para piorar, o clássico diurno do Morumbi - não realizado na hora marcada para o apagão, é verdade - também contou com 90 minutos de refletores acesos. São indícios mais do que suficientes que alguma coisa precisa e pode ser feita. Não é mais possível encarar um Futebol alienado aos seus problemas conjunturais e, principalmente, ao que acontece à sua volta. O aquecimento global afeta a vida de todos e, num futuro breve, pode afetar decisivamente atletas e eventos esportivos. Quem está preocupado?