domingo, 29 de abril de 2012

Re: 100 Ninguém

Acho que ganhei direito de resposta a mim mesmo depois de comentar o fiasco de público do derby do centenário (Guarani contra Ponte Preta, para quem não sabe ou não leu). Aliás, nunca um post deste blog teve tão pouco audiência como o episódio '100 Ninguém'. Não foi por acaso. Mas quiseram os deuses do futebol uma segunda chance. E que chance! Uma semifinal de Campeonato Paulista, depois de eliminar dois grandes. O jogo foi à altura dos anos dourados do futebol de Campinas, mas a torcida... Novamente decepcionou! Mesmo dobrando em relação ao primeiro jogo, convenhamos que 15 mil pessoas ainda é pouco perto da importância da partida. Assim, volto a me perguntar: o que os torcedores esperam? Realmente, torcedor é um bicho muito difícil de entender.

Enc: O catalão chato

Logo depois que vi o Barcelona esmagar o Santos na final do mundial, comentei como achava chato (ainda acho) um time que ganha tudo, imbatível. A derrota para o Chelsea, na última semana, provou que eu não estava sozinho. Casagrande e Tiago Leifert que o digam, na divertida celebração nos bastidores, revelada no Globo Esporte. A vitória do time inglês repercutiu mais e melhor do que qualquer vitória do Barça poderia. Futebol de gente de verdade, que erra e acerta, corre atrás, é mesmo o que move a paixão do torcedor. Onde vive também a Marketing Esportivo. Um episódio, neste domingo, mostrou que chatisse pega. O capitão Pujol e o comandante Guardiola ficaram indignados com a dancinha de Dani Alves e Thiago, algo tão popular em qualquer outro clube do mundo. Como deve ser entendiante ganhar tudo e como é sempre bem-vinda uma boa zebra!


quinta-feira, 19 de abril de 2012

O Brasil contra o Brasil

Esta semana, a CBF divulgou seu balanço de 2011, incluindo uma admirável receita (no bom sentido) de R$ 219 milhões com patrocínios, um potencial desconhecido até poucos anos atrás. Combinar mais de 10 parceiros, de diferentes segmentos também é um feito. As diferenças consideráveis entre o valor pago pelas empresas por cotas aparentemente idênticas, não deixa de ser curioso. O resultado é mesmo espetacular se considerarmos que não envolve patrocínio de camisa de jogo, o que é um grande avanço, já que as empresas reconhecem o valor de associar suas marcas à Seleção, o que eu chamo de Marketing Esportivo de Verdade. Porém, não acredito que seja coincidência que a CBF esteja nadando em patrocínios enquanto alguns dos maiores clubes brasileiros, com maior exposição na mídia, encontram dificuldades, logo depois de uma ótima safra. O ciclo que antecede a Copa 2014 prometia ser de bonança, o que se realizou apenas para a confederação. Podemos concluir que a Seleção consumiu boa parte do bolso dos patrocinadores do nosso Futebol, talvez um sinal de alerta para os próximos dois anos. Isso sem contar os investimentos que serão direcionados para o próprio megaevento. Agora podemos dizer, mais do que nunca, que o maior adversário do Futebol brasileiro é mesmo o Futebol brasileiro.