domingo, 6 de abril de 2014

Bola de Cristal Oficial da Copa

Cheguei essa semana de curtas férias pela América Latina. Pousamos no aeroporto de Guarulhos a meros 70 dias da Copa. Para minha surpresa - já nem tanta - não vi nada que remetesse ao evento. Principalmente na loja do free shop, parceira oficial de vendas de produtos nos aeroportos... nada! Talvez os produtos até estejam lá, mas bem escondidos. O que esperam dos estrangeiros que passam pelo Brasil estes dias? Que voltem só para comprar os produtos? Provavelmente, a maioria deles voltará em 1 ou 2 anos e olhe lá. Se os produtos licenciados serão comercializados apenas para os torcedores que vierem para a Copa do Mundo, será uma grande perda. Enfatizando que estamos falando de um ponto-de-venda no aeroporto internacional, claro. Mas o fator crítico da operação de varejo de um megaevento como esse é a previsão de demanda. Cada evento é tão único e grandioso que torna heróica a tarefa de antecipar o volume total de vendas. O que dizer sobre quais os produtos, modelos e cores serão melhor aceitos pelos fãs. Os anos e meses antes da Copa deveriam servir para calibrar estas expectativas e deixar tudo redondo para quando as vendas explodirem, nos mês do evento. Essa é uma operação de um tiro só, ou seja, todos os pedidos para os fabricantes serão baseados nesta única projeção.  Da forma que está sendo feito, a tarefa se torna praticamente impossível, a não ser para quem tiver uma bola de cristal. Em falar em bola de cristal, posso prever que as vendas ficarão longe do seu potencial - e posso apostar também que dirão o contrário.