quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Se todos fossem iguais a Tom & Vinícius

No último domingo, tivemos a escolha dos nomes dos mascotes para os Jogos Olímpicos Rio 2016. Vamos combinar o seguinte: sempre que eu falar de Olimpíadas também me refiro aos Jogos Paralímpicos, senão fica muito redundante. Pois bem, a nossa história recente nos deixou traumatizados com a escolha de nomes de mascote para megaeventos esportivos. A vantagem é que pior não podia ser. Mesmo assim, a disputa no Fantástico não me animava muito, já que tínhamos duas duplas de nomes péssimos, uma impronunciável (Tibatuque e Esquindim.. é de comer?) e outra (Oba e Eba) ... O que dizer?  A única dupla com índice olímpico era mesmo Tom e Vinícius, que graças a Deus venceu. Muito mais que aceitável, ao menos para mim, esse simpático dueto, não por acaso, soa muito bem aos ouvidos e representa bem o Rio de Janeiro e o Brasil. Mas como trabalhei um bom tempo que Licenciamento e tenho meio que impregnada essa coisa de respeitar direitos autorais ou de personalidade, fiquei com uma dúvida meio chata: se os direitos de uso dos nomes foram ou serão negociados com as famílias dos padrinhos dos nossos mascotes, nada menos que os originais Tom Jobim e Vinícius de Moraes, é claro. Sim, claro! Não resta dúvida que são eles que estamos homenageando, senão não teria nenhum sentido. E encarar apenas como uma 'homenagem' seria um eufemismo para 'violação de direitos'. Podemos encontrar vários 'Tom' e tanto outros 'Vinícius', mas que o mundo saiba (e já sabe) que Tom & Vinícius existe um só, ou melhor, uma só dupla. Espero sinceramente que os organizadores estejam realmente atentos para que essa ótima escolha do público também seja justa, para podermos amar sem mentir nem sofrer. Pois existiria verdade, verdade que ninguém vê, se todos fossem no mundo iguais a vocês.