segunda-feira, 2 de maio de 2016

Caso mundial de Marketing

O Corinthians está negociando os naming rights da sua arena de uma forma inovadora, que promete ser um case mundial de Marketing, como o clube vem tratando nos bastidores. Nada mal! Depois de tantas dificuldades para a comercialização, fazer um bom negócio e ainda concorrer a prêmios de Marketing! Está difícil de entender o formato desse negócio, como revelaram membros do próprio contrato do clube, como relatou o Blog do Perrone. O interessado - uma empresa do ramo financeiro, aparentemente - quer pagar mas não quer levar. Pois é, a empresa compra os naming rights mas não dá nome ao estádio. Estranho? Eu acho. O interessado também quer explorar o projeto Fiel Torcedor, mas tenho certeza que o Corinthians sabe bem a diferença entre Naming Rights e Sócio-Torcedor, ou seja, não tem qualquer semelhança. Penso que o clube deve estar bem atento para a origem dos recursos e o real objetivo do patrocinador (ou seja lá como queiram chamar). Fora, isso, se estiver dentro do que o clube busca em termos financeiros, pode seguir em frente. Se o dinheiro na mão não implica em risco para o clube, é mesmo um negócio da China - com a vantagem de não ter que ir jogar na China. E paramos por aí. A situação econômica está complicada e o clube já devia estar pensando se ia realmente conseguir levantar essa receita.  Mas para virar um caso de Marketing, não basta ser algo apenas novo, excêntrico. Um caso de Marketing precisa de retorno comprovado - para o patrocinador e não para o clube. Mesmo que seja algo genial, acima do meu entendimento, não será um case de naming rights, isso já posso apostar. Porque naming rights, ao pé da letra, é o direito de nominação (denominação, no caso de algo que já tenha nome), mas a gente não precisa ser tão literal para entendê-lo como estratégia de Marketing. O naming rights só se completa quando é usado de fato. Naming Rights pode ser até cedido de graça, mas vender e não precisar entregar é um golpe nos conceitos de Marketing Esportivo. Só torço para que não vire moda. Pensando bem, acho que não tenho nenhum motivo para me preocupar.

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