terça-feira, 23 de março de 2010

Dica de Viagem

Há alguns anos que ouço falar da internacionalização das marcas de grandes clubes brasileiros. A primeira coisa que me vem à cabeça é sempre "por que eles não cuidam do próprio galinheiro?" - com o perdão da expressão, pois a cabeça é minha. Na teoria é algo sensacional, desde que se consiga um nível razoável de desempenho nos negócios locais. De qualquer maneira, foi um grande prazer ver o Santos entrar em campo em Nova York, no último sábado (20), para a inauguração da Red Bull Arena (aqui eu posso falar!). Quem, da minha geração para trás, não se lembrou dos tempos do NY Cosmos, onde o Rei Pelé se juntava aos verdadeiros galáticos dos anos 70, antevendo a globalização do Futebol? De volta para casa, ficou a seguinte pergunta: o que restou para o Santos, com Neymar e (sem) companhia, dos US$ 400 mil de cachê que trouxe na bagagem? Antes de tudo, devemos contabilizar uma perda de receita de uns US$ 100 mil, no dia seguinte, por conta do público reduzido nas ausências de Neymar e Robinho (este em campo) no Pacaembu, diante do Ituano. Uma comparação simples e direta com a renda da partida contra o Oeste, duas semanas antes. Ainda bem que não se economizou Futebol por aqui. Já em Nova York, quanto custou ao Santos jogar desfigurado e ser atropelado pelos 'touros vermelhos'? Neymar foi até - injustamente - vaiado. Quanto vale a reputação internacional de um clube como o Santos, que tem homônimos desde o México até a África do Sul? Não sou contra o amistoso. Acho que poderia ir até de graça! Desde que levasse um time competitivo, à altura do que os americanos esperavam (e pagaram) e, principalmente, do que o Santos e os santistas merecem. Fica aqui minha dica para a próxima viagem.