sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A voz do povo

Novembro de 2010 fica marcado por mais uma demonstração de força dos deuses do Esporte. Eu não creio, mas que eles existem, existem! Em janeiro, postei aqui no blog a minha indignação e tristeza pela infidelidade do Grêmio ex-Barueri diante de seu torcedor. Há duas semanas, foi a vez de repudiar o tal jogo de equipe (outro nome para maracutaia) que virou moda na Fórmula 1. No último domingo (14), por uma feliz coincidência, a justiça foi feita em dobro. Pela manhã, o gran finale da F1, com o jogo limpo da Red Bull Racing que, ironicamente, definiu o campeonato a seu favor. À tarde, com o Grêmio Prudente, que resistiu à nossa (minha) maldição no Paulistão, finalmente rebaixado - com louvor - para a Série B do Campeonato Brasileiro. Histórias que só mesmo os deuses são capazes de explicar.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Asas à liberdade

Quem viu GP do Brasil de Fórmula 1, acompanhou um show - um show de desportividade da equipe Red Bull Racing (aqui, nada de RBR). Ao deixar que Vettel e Webber decidissem a vida na pista, a escuderia fez algo muito bom para o Automobilismo, para os pilotos e para si própria. Um fato que passaria desapercebido não fossem os exageros da Ferrari, que arranhou as imagens de Alonso, Massa e companhia. O curioso é que, no caso da Red Bull, equipe e patrocinador são um só. Isso que é dobradinha! Significa dizer que, mais do que inocência ou boa vontade, concluiu-se que o almejado título mundial de F1 não vale tanto quanto os prováveis danos à marca. Diga-se de passagem, também priorizou o alemãozinho-boa-praça, em detrimento do calado-trintão-australiano. Não foi à toa que a ordem veio de cima. Além de uma exposição grandiosa, a Red Bull ratifica diante dos fãs e consumidores, seu posicionamento de apoio e respeito aos valores Esporte, em outras palavras, Marketing Esportivo de verdade! A incrível história de uma marca poderosíssima, de um produto só, que até outro dia você nem sabia que precisava, construída quase que exclusivamente através do Esporte. Uma lição para ser discutida, aprendida e copiada... pelo menos até o próximo GP.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Obrigado, Felipão!

A falta de jeito de Felipão com a imprensa não é nova, mas poderia estar moderada, já que o sujeito está com a vida feita, por qualquer ângulo que olhar. O próprio inimigo - no caso, a imprensa - é muito menos exigente e mais cuidadoso no trato com um campeão do mundo. Justíssimo! Porém, entre um destempero e outro, Scolari polemizou ao dizer que não tem obrigação de falar com a imprensa. Será? Bom, se partimos do princípio que temos livre arbítrio, ninguém é obrigado a nada. Porém, quem inventou as relações interpessoais e profissionais, criou uma coisa chamada 'direito'. O direito de Felipão não falar, esbarra nos direitos dos seus ouvintes. Assim começa a tal 'obrigação'. É claro que você pode escolher viver em outro planeta, como no Uzbequistão, e criar sua própria filosofia de vida. Na teoria, Felipão não tem mesmo obrigação de falar com a imprensa. Porém, no Marketing Esportivo de verdade, a imprensa é vista como um agente fundamental na construção de imagem, seja de ídolos, como ele, de entidades esportivas, como o Palmeiras, e de seus respectivos patrocinadores. Quem está neste barco tem obrigação de enxergar. Também não podemos esquecer - como poderíamos - que um clube de futebol é uma entidade privada, porém, de interesse público. Significa dizer que o treinador, tão experiente e bem remunerado (será que ele vai me ameaçar?), deveria, sim, dar satisfações aos torcedores, sempre que chamado. E o que dizer dos patrocinadores que bancaram sua volta para o Brasil? Será que não contam com a exposição de suas marcas no noticiário esportivo? Já não bastasse, nosso personagem é funcionário do clube e, supostamente, teria a obrigação de zelar pela reputação e interesses do seu empregador. Ou melhor, nada de obrigação! Tem a opção de mudar de profissão. Alguma sugestão?