segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Eu vi na tevê

Assistimos, na última semana, ao anúncio do patrocínio fechado entre o São Paulo FC e a Semp Toshiba (STI) para os próximos dois anos. É um certo alívio para todas as entidades esportivas em busca de apoio, mesmo para os adversários. Algo de bom pode estar acontecendo. Por outro lado, o bom valor anual de R$ 23 milhões põe fim à euforia (ou mania de grandeza) dos últimos dois anos, um fenômeno literal que começou com a avalanche de dinheiro que atingiu o Corinthians com a chegada de Ronaldo. O que se viu foi uma inflação nos valores de patrocínio no Futebol, algo que passou do ponto por falta de visão estratégica. O mercado não absorveu a bolha furada. E foi justamente o São Paulo FC uma das principais vítimas desta ilusão, encerrando a longa parceria de sucesso com a LG. Já a chegada da Semp Toshiba e o valor contratado (algo como a multa rescisória de PH Ganso... coincidência?) seriam surpresa, não fosse a empresa japonesa de eletro-eletrônicos ter anunciado na véspera a contratação de Eduardo Toni, o mesmo executivo responsável pela parceria do clube com a concorrente coreana. Podemos ver uma pontinha de arrependimento e uma forma peculiar de continuidade. O anúncio do contrato com outra fabricante de TVs, curiosamente ratifica a correlação atual entre as receitas comercias de Patrocínio e Direitos de Mídia. Fica estabelecido o aumento desproporcional do valor pago pela Rede Globo pelos direitos de transmissão do Brasileirão, aumentando muito o valor do pote (o que é bom) e, ao mesmo tempo, decretando uma maior dependência do acordo de TV (o que está longe do ideal). E como diria um tal Michael Porter, quando teoriozou a Análise Competitiva da Indústria, quanto maior a dependência, menor o poder de negociação. Será por isso que voltaram os jogos de sábado à noite?Falou e disse.

Nenhum comentário:

Postar um comentário