sexta-feira, 13 de julho de 2012

Imagem que vale ouro

Hoje, saiu a confirmação da equipe brasileira de Ginástica Artística para Londres 2012. Jade Barbosa, que já nem estava com o grupo, ficou mesmo de fora. Não por questões técnicas, mas por discordar de cláusulas de Marketing do seu contrato com a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG). Jade teria que ceder o direito de uso de sua imagem individual para os patrocinadores da CBG, enquanto ela aceitava envolver, segundo a família, apenas a imagem coletiva. Pode parecer mais um chororô desta talentosa menina, mas desta vez ela demonstrou conhecer seus direitos.No Brasil, uma grande surpresa (agradável, é verdade) se o assunto fosse melhor resolvido. Talvez nem saibam do que estão falando! Mesmo os grandes clubes de Futebol, teoricamente mais profissionalizados e melhor assessorados juridicamente, tem grandes dificuldades de entender e aplicar o direito de imagem, principalmente no cenário mercadológico. O direito à imagem cabe, naturalmente, ao próprio indivíduo. Ainda mais em uma modalidade individual, onde a cessão do uso da imagem é a principal fonte de recursos dos praticantes. O atleta só poderia abrir mão disso em casos extremos, sendo bem remunerado. Faz sentido, sim, que as equipes busquem contratos que incluam direitos de imagem coletivos, o que possibilita que um grupo atletas (geralmente 4 ou 5) seja apresentado em uma campanha de comunicação ou tenha seus rostos e corpos exibidos em produtos licenciados, algo realmente valorizados por seus parceiros comerciais. Quem não sabe disso, tende a achar mesmo que é tudo ou nada. E quanto mais importante e consciente é o atleta, maior o seu poder nesta discussão. Assim, muitas oportunidades são perdidas, vão-se os dedos e os anéis. É uma pena que Jade não tenha sido incentivada a manter sua postura firme, que poderia secar as lágrimas de muitos outros atletas num futuro próximo. Se tornaria uma espécie de Vanderlei Cordeiro de Lima do Marketing Esportivo...

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