quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Obrigado, Felipão!

A falta de jeito de Felipão com a imprensa não é nova, mas poderia estar moderada, já que o sujeito está com a vida feita, por qualquer ângulo que olhar. O próprio inimigo - no caso, a imprensa - é muito menos exigente e mais cuidadoso no trato com um campeão do mundo. Justíssimo! Porém, entre um destempero e outro, Scolari polemizou ao dizer que não tem obrigação de falar com a imprensa. Será? Bom, se partimos do princípio que temos livre arbítrio, ninguém é obrigado a nada. Porém, quem inventou as relações interpessoais e profissionais, criou uma coisa chamada 'direito'. O direito de Felipão não falar, esbarra nos direitos dos seus ouvintes. Assim começa a tal 'obrigação'. É claro que você pode escolher viver em outro planeta, como no Uzbequistão, e criar sua própria filosofia de vida. Na teoria, Felipão não tem mesmo obrigação de falar com a imprensa. Porém, no Marketing Esportivo de verdade, a imprensa é vista como um agente fundamental na construção de imagem, seja de ídolos, como ele, de entidades esportivas, como o Palmeiras, e de seus respectivos patrocinadores. Quem está neste barco tem obrigação de enxergar. Também não podemos esquecer - como poderíamos - que um clube de futebol é uma entidade privada, porém, de interesse público. Significa dizer que o treinador, tão experiente e bem remunerado (será que ele vai me ameaçar?), deveria, sim, dar satisfações aos torcedores, sempre que chamado. E o que dizer dos patrocinadores que bancaram sua volta para o Brasil? Será que não contam com a exposição de suas marcas no noticiário esportivo? Já não bastasse, nosso personagem é funcionário do clube e, supostamente, teria a obrigação de zelar pela reputação e interesses do seu empregador. Ou melhor, nada de obrigação! Tem a opção de mudar de profissão. Alguma sugestão?

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