quarta-feira, 2 de maio de 2012

De olhos bem abertos

A final do Campeonato Paulista, entre Santos e Guarani, já começou mal. Gostaria muito de poder entender porque o presidente do time santista, querendo jogar na Vila Belmiro ou, na pior das hipóteses, no Pacaembu, tenha sugerido disputar as duas partidas no Morumbi. Cabeça de dirigente... O mando de jogo é da Federação Paulista, é verdade, mas vai dizer isso para o Corinthians, que tinha a vantagem de jogar no Pacaembu, caso chegasse à final com o São Paulo. Por coincidência, a Federação acatou exatamente a proposta do Santos, contrariando a vontade legítima do Guarani de jogar em seu próprio estádio. Isso para mim tem outro nome, que não é "mando de jogo". Nos resta, a ótima entrevista do presidente bugrino, Marcelo Mingone, concedida à Rádio Bandeirantes, ao defender o primeiro jogo em Campinas, como forma de valorizar seu estádio, respeitar seu torcedor e aumentar suas chances de vitória, o que costumava ser mais importante que dinheiro (que nem é tanto dinheiro assim). Acreditar que dinheiro no Esporte é um fim e não um meio, é um erro grosseiro. O Santos deve se preocupar em ganhar dinheiro, claro, em quantidade suficiente para não precisar se preocupar unicamente com dinheiro no momento em que o que mais deveria importar era o Futebol. Não por acaso, o presidente Luis Álvaro costumava ser gestor de bancos e não de clubes. Aumentar o preço dos ingressos (como se fosse possível reformar o Morumbi em uma semana) é o clímax da piada. Seria para compensar a queda dos juros?! Passou até aquela vontade louca de jogar na Vila ou mesmo o pacto de não mandar jogos no Morumbi. Já o Guarani, realmente demonstra que há luz no fim do túnel, tanto dentro quanto fora de campo, desde que permitam que o clube permaneça de olhos bem abertos.

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