quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

A verdadeira Corrida do Milhão

Hoje em dia, entidades esportivas, como times de Futebol, Vôlei, Automobilismo, são como empresas e devem gerar resultado econômico como em qualquer outra indústria. Mas vai explicar isso para os fãs! As peças-chave deste negócio querem ver conquistas, dentro dos campos, quadras e pistas. Sem falar nos empresários e profissionais que estão no Esporte não apenas para ganhar dinheiro, mas vivendo de uma paixão. Para conciliar fins econômicos e fins esportivos, é preciso entender a intimidade que existe entre eles. No Esporte profissional atual, dinheiro não é tudo, mas certamente impulsiona os resultados esportivos. Esta é a razão de ser do Marketing Esportivo, ou seja, gerar recursos para financiar a estrutura, traduzida em vantagem competitiva nestes dois pontos-de-vista. Com base nesta premissa, realizei um estudo com meu amigo e sócio Eduardo Bassani sobre o impacto dos investimentos no desempenho das equipes de Stock Car Brasil. Nos baseamos em valores (alguns conhecidos, outros estimados) investidos em estrutura e salário de pilotos, comparando com o resultado final por equipes na temporada 2011. E chegamos a números reveladores! As quatro equipes mais bem colocadas investiram 35% acima da média registrada pelos 16 times (R$ 2,5 milhões). Já as equipes colocadas entre quinto e oitavo, disponibilizaram recursos próximos à média geral (+8%). Por outro lado, as equipes que ficaram na metade de baixo da tabela de classificação, investiram 35% abaixo da média. Os oito times mais bem classificados, investiram 15% a mais em estrutura, provavelmente em mão-de-obra altamente qualificada, e 57% acima de média em salários de pilotos, mostrando como o componente humano faz a diferença em uma categoria onde os equipamentos de competição são idênticos. Que assim seja em 2012!

Um comentário:

  1. O Brasil tem que deixar de se focar só em futebol e investir mais em outros esportes, pois está claro a partir do seu artigo, que é uma força econômica capaz de gerar empregos e movimentar outros setores. O país tem que investir em setores em que o valor agregado é mais substancial e deixar de ganhar pouco com a indústria de base, onde a qualificação e o pensar do grosso da força de trabalho não é desafiada.

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