quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

O sócio-torcedor tá voltando pra casa

Sempre tive um pé atrás em relação aos programas de sócio-torcedor dos clubes brasileiros. Sempre não, mas nos últimos 15 anos. Cansei de ver os clubes despejando dados da quantidade de sócios sem considerar os sócios ativos ou números do faturamento sem considerar os custos de manutenção e perdas de receita geradas pelos projetos. A desconfiança tinha motivo. Em 1998, quando iniciei minha carreira no Marketing Esportivo, no São Paulo FC, fui colaborador da comissão que criou o primeiro programa sócio-torcedor do Brasil. Faziam parte da comissão, além do então presidente José Augusto Bastos Neto, o vice Harry Massis, José Carlos Ferreira Alves (atual presidente do Conselho), Sebastião Lapola e Lúcio Astolfo Novaes de Araújo. Na verdade, com o respaldo do então diretor de Marketing, Lúcio Astolfo, escrevi o documento que foi aprovado com muitas ressalvas, que acabaram desvirtuando a ideia original. Tive que esperar uns 10 anos para ver os sócios-torcedores agrupados em segmentos, de acordo com seus desejos e necessidades. Também se passaram uns 15 anos até que a ideia do programa de sócio-torcedor como um clube de benefícios vingasse. Hoje, recebo com muita satisfação a notícia divulgada pela Máquina do Esporte sobre o sucesso da iniciativa da Ambev de oferecer descontos em produtos e serviços para os sócios, agregando nada menos que 100 milhões de reais, em apenas um ano, aos projetos de 45 clubes do futebol brasileiro. É chato ter razão, mas é melhor que não ter razão. Põe meia dúzia de Brahma pra gelar...


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