sexta-feira, 3 de maio de 2013

Vamos lançar a caxirola

Sem surpresa. O que já estava escrito era um fim trágico para a caxirola. Desde a premiação que recebeu do chamado 'Plano de Promoção do Brasil' para a Copa do Mundo 2014, algo não soava bem. Menos chata que a vuvuzela sulafricana e também muito mais sem graça, não conseguia enxergar um futuro próspero para essa espécie de caxixi (pra não dizer que é um chocalho mesmo). Para piorar, outro projeto, do pedhuá (meu Deus, como se pronuncia isso?!), também foi selecionado com a promessa de se tornar a vuvuzela brasileira. Bem, podemos dizer que a estreia da caxirola não foi das melhores. Quando os torcedores do Bahia entenderam o 'lançamento' como uma competição de arremessos do artefato ao campo, revelaram nossa ignorância, mas nos libertaram (dentro do possível, é claro) da demagogia e falta de transparência que costuma aparecer por aí. Fosse, apenas um mero protesto contra a caxirola, seria até compreensível. Ah, já ia esquecendo… Com o incentivo financeiro do projeto, serão produzidas algo como 190 milhões de unidades da caxirola até 2014, uma para cada brasileiro. Já sabe o que vai fazer com a sua?

Mancha vermelha

O blog volta de longas férias, motivado por dois acontecimentos esportivos do final de semana passado: um inusitado e outro esperado. Vamos começar pela triste surpresa reservada para o lançamento dos novos assentos do Morumbi. O São Paulo FC finalmente convenceu o conselho do clube a utilizar um terceiro uniforme, mas os cardeais tricolores devem estar arrependidos. Eu mesmo me arrependo em parte por defender esta ideia, principalmente quando fiz parte da diretoria de Marketing do Tricolor. O sonho das gestões anteriores foi manchado por uniforme vermelho, que trazia a marca do patrocinador, as tradicionais listras horizontais até o símbolo do clube bem apagadinhos. A vergonha alheia é ainda maior pois, inevitavelmente, estão envolvidas neste projeto algumas pessoas que gosto e admiro. Nunca vi maior desperdício de oportunidade unido à falta de criatividade. Sinceramente, não entendi.