terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Torcida Móvel

Continuamos a expectativa de como serão a Copa do Mundo FIFA e os Jogos Olímpicos realizados no Brasil. Ansiedade à parte, vamos ter que aguardar mesmo a chegada de 2014 e 2016, respectivamente. Já podemos antecipar, porém, que estes megaeventos serão marcados pela mobilidade. À essa altura, os smartsphones já estarão nas mãos de grande parte dos fãs, tanto os brasileiros quanto os esperados turistas esportivos. Além de gerar informação, o conteúdo disponibilizado nas redes móveis vai integrar, de forma nunca antes vista, os principais ativos de Marketing das entidades esportivas. A experiência nas arenas não será mais a mesma, já que os replays poderão ser assistidos ao toque dos dedos. A venda de tíquetes e produtos licenciados poderá feita de qualquer lugar, principalmente no calor dos próprios eventos, quando o envolvimento emocional é maior, impulsionando o consumo. Sem dizer que as telas dos aparelhos poderão substituir, nas catracas, os tradicionais ingressos impressos. Tudo isso interagindo com os patrocinadores... Ufa, agora só falta funcionar! Para que o sonho móvel se torne realidade é preciso falar em infra-estrutura (de novo?!). O metrô de Londres, por exemplo, vai ganhar 120 pontos de acesso wi-fi (hotspots) para desafogar a telefonia móvel durante os Jogos deste ano. Mesmo assim, há quem acredite que não será suficiente. Mais do que a quantidade de turistas, a preocupação se dá pelo aumento da demanda por conteúdo e, principalmente, pela grande concentração de pessoas em determinadas áreas, barreiras invisíveis para as telecomunicações. Para o Brasil, a demanda por tecnologia será ainda maior e temos o desafio de oferecer um nível de serviço compatível com o que os fãs internacionais estão acostumados, o que seria um grande legado para nós brasileiros. Onde há risco, há oportunidade. Que caminho queremos seguir?

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

A verdadeira Corrida do Milhão

Hoje em dia, entidades esportivas, como times de Futebol, Vôlei, Automobilismo, são como empresas e devem gerar resultado econômico como em qualquer outra indústria. Mas vai explicar isso para os fãs! As peças-chave deste negócio querem ver conquistas, dentro dos campos, quadras e pistas. Sem falar nos empresários e profissionais que estão no Esporte não apenas para ganhar dinheiro, mas vivendo de uma paixão. Para conciliar fins econômicos e fins esportivos, é preciso entender a intimidade que existe entre eles. No Esporte profissional atual, dinheiro não é tudo, mas certamente impulsiona os resultados esportivos. Esta é a razão de ser do Marketing Esportivo, ou seja, gerar recursos para financiar a estrutura, traduzida em vantagem competitiva nestes dois pontos-de-vista. Com base nesta premissa, realizei um estudo com meu amigo e sócio Eduardo Bassani sobre o impacto dos investimentos no desempenho das equipes de Stock Car Brasil. Nos baseamos em valores (alguns conhecidos, outros estimados) investidos em estrutura e salário de pilotos, comparando com o resultado final por equipes na temporada 2011. E chegamos a números reveladores! As quatro equipes mais bem colocadas investiram 35% acima da média registrada pelos 16 times (R$ 2,5 milhões). Já as equipes colocadas entre quinto e oitavo, disponibilizaram recursos próximos à média geral (+8%). Por outro lado, as equipes que ficaram na metade de baixo da tabela de classificação, investiram 35% abaixo da média. Os oito times mais bem classificados, investiram 15% a mais em estrutura, provavelmente em mão-de-obra altamente qualificada, e 57% acima de média em salários de pilotos, mostrando como o componente humano faz a diferença em uma categoria onde os equipamentos de competição são idênticos. Que assim seja em 2012!