terça-feira, 16 de outubro de 2012

A insustentável leveza de ser.. ídolo

Não é preciso uma expedição a Marte para descobrir que o desenvolvimento de uma modalidade esportiva passa pela existência de ídolos, assim como por sua exposição na mídia. Também não é um exagero, como disse o Galvão durante a transmissão do UFC Rio, na madrugada de domingo, que Anderson Silva talvez seja o maior ídolo do esporte brasileiro atual. Porém, colocar este grande atleta acima da própria modalidade, pode causar o efeito reverso. Anderson foi obrigado a competir em uma categoria acima de seu peso, sem disputar o cinturão, para "salvar o evento", como ele mesmo disse, num golpe inesperado no chefão Dana White, no melhor estilo do Spider, durante uma daquelas sensacionais entrevistas ao final de cada disputa. O MMA, como outros esportes, precisa de ídolos, no plural. Rodrigo Minotauro Nogueira, com sua simplicidade e talento, já tem muitos fãs, mas não será ficando como pano de fundo do card principal e da programação da TV que se tornará um grande ídolo. Salvar o evento, pode significar depender cada vez mais de Anderson Silva e perder a chance de construir seus pares e sucessores. Um erro semelhante ocorre de vez em quando no nosso futebol, quando os clubes mais populares têm mais espaço nas transmissões, se tornando cada vez mais populares e (supostamente) ricos, quando o equilíbrio seria o ideal para todos. Prefiro o Anderson lutando mais leve, bailando no octógono, sem precisar levar o UFC nas costas.

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