O Marketing Esportivo praticado em sua essência, otimizando os ativos de marketing de entidades esportivas
sábado, 17 de setembro de 2011
Mil vezes Rogério Ceni
Na semana que passou, estive no Morumbi para a festa dos mil jogos de Rogério Ceni, homenageado pela torcida (mais do que pelo clube) de forma muito bonita e justa, por sinal. Mas o jogo serviu de reflexão sobre o futebol brasileiro. Tudo começou com o chefe de segurança do clube, do qual sou sócio, me oferecendo ingressos de cativa "com ágio". Tentei ignorar o fato e segui para comprar meus ingressos de proprietário de cativa, vendidos apenas do outro lado do estádio, com direito a uma bela caminhada com obstáculos e fila. Depois aquele tradicional empurra-empurra para passar pela revista policial. E uma fila enorme para as mulheres. Entenda bem: tudo isso na cativa! No meio da bagunça, conheci uma pequena torcedora, de 8 anos, que ia ao estádio pela primeira vez, ao lado do pai. Perguntou a ele se tinham que "ficar ali mesmo" e o pai respondeu que era "para o nosso bem". Imaginei qual a impressão que ela levaria para casa e na paixão que move o futebol. Pensei quantas mil vezes nós torcedores temos que encarar estes perrengues para ir a um jogo de Futebol. Lembrei da primeira vez que fui ao estádio e que nada mudou nestes 30 anos que frequento o Morumbi. Quantos outros mil jogos virão?
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Bola octogonal
Uma matéria na revista Tatame de setembro, com a cobertura do UFC Rio, mostra a nova e inusitada relação entre os craques do MMA e os clubes de futebol. A ideia realmente não me agrada. Totalmente desnecessário e perigoso associar um esporte violento - querendo ou não - ao mundo dos estádios, marcado pela intolerância. Mesmo que ajude a massificar o esporte, o comportamento do torcedor de futebol é não algo para ser levado para dentro do octógono. Eu estava lá e não me surpreendi em ver e ouvir a saia justa em que se meteu o gênio Anderson Silva. Depois de ser ovacionado pela grande vitória, ele foi "retaliado" - numa boa, é verdade - por exibir o escudo do Corinthians no peito. Anderson é um ídolo com todos os ingredientes para conquistar todas as torcidas, o que vem fazendo de forma avassaladora, a ponto de ignorarem sua relação com o clube paulista. E o MMA tem força para se tornar a segunda modalidade esportiva do Brasil. Tudo isso exatamente por fazerem tudo diferente (pra melhor) do que nosso Futebol sabe fazer.
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