domingo, 31 de julho de 2011

Hecho en Paraguay

No Marketing Esportivo de Verdade, falamos, entre outras coisas, da atratividade do produto (normalmente um serviço), ou seja, os benefícios entregues ao consumidor, no nosso caso, o torcedor. Pode ser novidade para muita gente, mas a elaboração de tabelas e regulamentos de competições esportivas também merece um olhar de Marketing, já que estão para os eventos como as embalagens para os produtos de consumo. O melhor exemplo que conheço, acaba de acontecer na Copa América de Futebol 2011. O Paraguai chegou à final sem vencer nenhuma partida, nenhuminha! O fato provavelmente inédito não é apenas uma coincidência. Uma distorção no regulamento da competição permitiu (ou será que causou) este infeliz acontecimento para quem gosta de Futebol, ou seja, bola pra frente. Para a primeira fase, ao contrário de 99,9% das competições mundiais, o número de vitórias não foi usado como critério de desempate, o que teria eliminado os paraguaios logo de cara. Também não foi por obra do acaso que quase metade dos jogos da primeira fase terminaram empatados (o dobro da média da Copa do Mundo de 2010, por exemplo). Brasil, Argentina, Peru e Venezuela foram eliminados invictos. Como se pode ver, Marketing Esportivo também pode ser uma caixinha de surpresas.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Se cobrir, vira... estádio!

A novela do estádio do Corinthians é realmente interminável. Logo agora que começamos a nos acostumar a este projeto, diria, excêntrico. Que o estádio mudou de preço várias vezes todos já sabem: 300, 350, 650, 820, 850 milhões, 1 bilhão... haja imaginação. Ah, quase esqueço que não ia custar nada, já que a construtora ficaria com os naming rights, lembra? E não se trata, necessariamente de aumento dos custos, já que estes valores foram divulgados em ordem aleatória. A surpresa do dia é que o estádio acertado com a Odebrecht e financiado pela Prefeitura, através de um acordo assinado ontem, tem dois 'pequenos' problemas. Primeiro, o contrato com a construtora não está assinado, ou seja, tudo no fio do bigode. Segundo - e mais inacreditável, o estádio não tem capacidade de público para receber a abertura da Copa do Mundo! Está parecendo a história do Morumbi! Já era para desconfiar de uma conveniente coincidência: o estádio iria custar o valor exato do financiamento máximo do BNDES (R$ 400 milhões) somado ao incentivo fiscal (R$ 420 milhões), o que seria absolutamente normal, caso o custo total não tivesse sido acordado depois (!!!). Agora, para completar, soubemos que faltam R$ 50 ou 70 milhões (outra 'pequena diferença') para construir as arquibancadas provisórias para a Copa. Em resumo, nunca se viu tamanha bagunça... e olha que estamos escolados. Aliás, quanto vai custar esta nova cobertura?