domingo, 29 de novembro de 2009

Virou moda...

Raramente me disponho a comentar algo dentro do Esporte que não esteja ligado diretamente a Marketing ou Gestão. Mas algumas atitudes nos bastidores ou mesmo dentro de campo, atacam o mundo esportivo, diminuem a indústria, inibem os negócios. É assustador como a mesma imprensa, que botou fogo no jogo Corinthians e Flamengo, se abstenha de comentar o pós-jogo. Na visão deles, o Corinthians não entregou, mas também não deixou de entregar. O que eu disse sobre o presidente Belluzzo, posso repetir para o goleiro Felipe. Corro o risco - pequeno - de fazer uma injustiça, mas não ficaria em cima do muro para um assunto tão sério. Não bastasse saltar para o canto errado (uma falha técnica), deixando o gol vazio para o atacante do Flamengo, Felipe escolheu não ir na bola na cobrança do pênalti, demonstrando sua indignação pela marcação do árbitro. Alguém acredita nesta versão? Eu não. Acredito em grandes goleiros, com uma vontade incrível me pegar um pênalti mal marcado. Ou goleiros amadores, que adoram um pênalti contra, rogando por um momento de heroísmo. Acredito nas pessoas, no Futebol e na inigualável importância do Corinthians, tanto para seus torcedores quanto para os adversários. Mesmo triste, incrédulo, não posso ficar quieto. Que venham as críticas!

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O poder das marcas... e das palavras

A cada dia, as marcas vêm se firmando como o principal ativo de uma organização. Nelas estão concentradas as percepções dos clientes, a partir de experiências tangíveis (produtos, serviços) e intangíveis (idéias, conceitos). No caso de um clube de futebol, a força da marca está em sua reputação perante a sociedade, que vem do tamanho e fanatismo de sua torcida, tradição, ídolos e conquistas, até mesmo do comportamento de seus dirigentes. Desta forma, como no mundo corporativo, tudo que se faz dentro e fora de campo tem influência direta - positiva ou negativa - sobre o valor da marca. A partir deste valor, serão conquistados espectadores, meios de comunicação, licenciados e, principalmente, patrocinadores. As consequências das declarações do presidente afastado do Palmeiras, Luiz Gonzaga Belluzzo, vão além da justiça desportiva ou comum. O maior impacto - negativo, claro - recai sobre esta marca tradicionalíssima, vencedora, que carrega consigo uma torcida apaixonada - e por que não dizer - fiel. Não seria apenas uma decepção dentro das quatro linhas que mudaria este cenário, porém o destempero de seu comandante abala - injustamente - o valor comercial deste clube. Infelizmente, a deterioração das marcas ocorre de forma silenciosa, quase imperceptível a curto prazo. Por isso, antes de abrirem a boca, sugiro que nossos dirigentes se reconheçam o valor multimilionário das marcas que representam ou, como parece cada vez mais indicado, fiquem calados.